O mundo recebeu, na madrugada do dia 21 de abril de 2025, a triste notícia: A Morte do Papa Francisco. O líder que cativou a Igreja e a humanidade por seu olhar compassivo, atitudes de inclusão e simplicidade no exercício do poder.
Jorge Mario Bergoglio partiu às 7h35 (horário de Roma), correspondendo às 2h35 da manhã no horário de São Paulo. O Papa deixou um legado irreversível de transformação e esperança profunda.
Um Pontífice Marcado pelo Ineditismo
O falecimento do Papa Francisco encerra uma era marcada por muitas primeiras vezes. Ele foi o primeiro líder jesuíta do Vaticano, o primeiro latino-americano e também o primeiro pontífice a viver fora do tradicional Palácio Apostólico.
Sua forma de liderar, próxima do povo, era acolhedora e disposta a ouvir. Francisco renovou os ares da instituição católica e aproximou a Igreja de corações antes distantes.
Ao longo de seus 12 anos como Sumo Pontífice, quebrou paradigmas. Valorizou mulheres e leigos em funções de destaque na Cúria e abriu portas ao diálogo com diferentes religiões.
Tomou medidas duras contra os abusos sexuais, aboliu a pena de morte do Catecismo e criou o Conselho de Cardeais para novas formas de governança. Papa Francisco morre, mas permanece o espírito criativo e destemido de quem enfrentou temas sensíveis sem recuar.
O Valor dos Processos e a Abertura Irreversível
Francisco não buscou títulos ou recordes. Seu maior ensinamento foi a importância de iniciar processos que transformassem a Igreja e a sociedade no longo prazo. As mudanças claras na estrutura da Cúria Romana, a presença dos leigos no centro do governo do Vaticano e o incentivo à participação ativa das mulheres foram marcas fundamentais de seu pontificado.
Pregando a necessidade de uma “Igreja em saída”, percorreu 47 países em viagens apostólicas, visitando áreas de conflito e exclusão, como o Iraque, a República Centro-Africana e ilhas de refugiados. Sua força inspiradora acompanhou milhões de vidas, abraçando os que estavam à margem, não só com palavras, mas em gestos autênticos e concretos.
Defesa dos Vulneráveis e Diálogo Global
Sua missão esteve alinhada com os mais pobres, migrantes e vítimas de tragédias humanitárias. O anúncio “Morre Papa Francisco” ecoou forte entre esses grupos, que recebiam dele uma atenção incomum. Ele foi a Lampedusa e Lesbos, chorou com migrantes, instituiu o Dia Mundial dos Pobres e fez da solidariedade uma linha mestra para o século XXI.
No cenário internacional, suas condenações à guerra foram firmes. Criticou o mercado de armas e clamou por uma “globalização da solidariedade”, deixando mensagens de esperança mesmo em meio às guerras e à pandemia.
Um Testemunho de Paz, Coragem e Transparência
A passagem de Bergoglio pelo trono de Pedro também ficou marcada pela coragem em tempos difíceis. Sua célebre Statio Orbis no início da pandemia, sozinho na Praça São Pedro sob chuva, comoveu o planeta, mostrando a humanidade de um líder próximo de seu povo. Enfrentou escândalos internos, fez reformas financeiras necessárias e sustentou o compromisso com a justiça e a verdade.
Se despede dos católicos e do mundo como símbolo de um novo dinamismo, abertura e fraternidade em uma Igreja mais plural, próxima dos jovens, dos pobres e sedenta por paz.
O Último Adeus
Agora, ao escutarmos a notícia da morte do Papa Francisco, nos despedimos de uma liderança que rompeu fronteiras e tocou vidas em cada canto do mundo. O legado deste pontificado será lembrado por gerações, seja pela coragem de quebrar tabus, seja pelo olhar carinhoso voltado ao sofrimento e às necessidades humanas.
Fonte: Vatican News
